SOLANUM INODORUM

 

FAMILIA DAS SOLANÁCEAE

 

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PLANTA

FLORES

FOLHAS

FRUTO MADURO

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: UAI-QUIRI-CIPÓ vem do tupi guarani, mais ainda não descobrimos seu significado. Também recebe os nomes de Maria pretinha de cipó, fruta de Saira e Velame de cipó.

 

ORIGEM: Planta rara que aparece geralmente nas matas de vertentes ou nas bordas de matas e clareiras nas beiras de pequenos riachos e ribeirões. Pode ser encontrada com alguma dificuldade nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Brasil.

Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Solanum_inodorum

 

OBSERVAÇÕES: Espécie de trepadeira escandente que vegeta sobre solos bastante úmidos nas beiras de riachos onde o solo é argiloso. Encontramos essa espécie em nossas expedições em outubro novembro de 2.011 na floresta semidecidua do estado de São Paulo onde ocorre com certa raridade. A folhagem é verde clara e bastante ornamental, elas não tem o cheiro desagradável presente nas folhas de outras solanáceas. A principio achamos que era S. boerhaaviifolium (o nome cientifico quer dizer “como folhas de Boerhavia - gênero das nictagináceas); mais de fato é Solanum inodorum. Seus frutos são os prediletos dos Saíras coloridos.

 

Características: Planta trepadeira, perene, volúvel (que se enrola), sem gavinhas e sem espinhos, com caule meio corticoso (casca igual cortiça) de cor cinzento amarelado. Os ramos jovens e folhas são lisos e glabros (sem pelos). Os galhos crescem sobre outras plantas por 3 a 5 m e tem diâmetro de 1 a 3 cm. As folhas são alternas, simples, sob pecíolo (haste ou suporte) de 5 a 20 mm de comprimento, delgado ou delicado. A lamina foliar é membranácea (textura delicada), largo ovadas ou lanceoladas (forma de lança), arredondadas ou subcordadas (semelhante ao coração) na base e subagudas ou acuminadas (com ponta longa) no ápice; medindo 2 a 6 cm de comprimento por 1 a 2,5 cm de largura. As flores nascem em nas laterais ou são terminaia em corimbos (cacho em forma de feixe) com poucas flores pequeninas sob pedicelos (haste ou suporte) muito delgados de 1 a 2 cm de comprimento. Cada flor tem cálice campanulado (como sino) com 2 a 3 mm de altura e corola formada de 5 pétalas de 1,5 a 2,5 cm de comprimento e de cor branca azul ou roxa. O fruto é uma baga globosa que mede 7 a 1,3 mm de diâmetro com casca fina delicada e preta quando madura com polpa interna arroxeada, doce e saborosa abrigando de 6 a 12 minúsculas sementes. 

 

Dicas para cultivo: Trepadeira de crescimento rápido que deve ser cultivada preferencialmente na sombra e em solos úmidos. A planta resiste a temperaturas de até -1 graus, sendo pouco resistente a secas, suportando no máximo 3 meses sem chuvas. Vegeta bem em altitudes variando desde o nível do mar até 1.000 m. O solo deve ser profundo, úmido, acido ou neutro, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho ou amarelado) e profindo. É preciso plantas no mínimo 2 plantas para uma melhor frutificação. É preciso fazer uma parreira na horizontal com arames (ou caibros cruzados) formando uma malha da 40 cm entre arames para sustentar a planta. As plantas iniciam a frutificação no 1ª ou 2ª ano após o plantio, dependendo das condições do solo.

 

Mudas: As sementes são pequenas, de cor clara e discóides, e após limpas sob peneira na água corrente e secas ao sol podem ser guardadas em frascos por mais de 1 ano. A germinação ocorre em 25 a 35 dias em qualquer tipo de substrato rico em matéria orgânica, poroso, deixado em ambiente sombreado. Convém semear duas sementes diretamente em embalagem individual, pois essa espécie desenvolve-se melhor assim. As mudas crescem rapidamente atingindo 40 cm com 6 a 7 meses de cultivo. É melhor plantar nos meses de outubro a dezembro, e depois irrigar quinzenalmente.

 

Plantando: Deve ser plantada na sombra bosques com arvores grandes bem espaçadas, ou em pleno sol, mais nessas condições deve estar perto de um curso de água ou receber irrigação constantemente. Espaçamento entre plantas 3 x 3 m. A parreira deve ter 3 mourões de 2,20 m, distanciados a 3 m entre si, fincando 60 cm no chão de modo que a parreira fique com altura de 1,60 m. Sobre cada mourão fixar um caibro de 1,20 cm com 5 a 6 furos e passar arames para sustentar a planta. As covas devem ter 50 cm  nas três dimensões e ser preparada adicionando 100g de calcário e 1 kg de cinzas e 7 a 9 pás de matéria orgânica bem curtida. Pode ser plantada também em vasos grandes de 50 cm de altura e 40 cm de diâmetro com substrato de 30% de areia de rio, 30% de terra vermelha ou argila e 40% de matéria orgânica bem curtida. A planta precisa ser amarrada num tutor central e o vaso pode ser deixado na varanda ou debaixo de uma arvore frondosa, visando atrair as varias espécies de sairas.

 

Cultivando: Fazer apenas podas de formação e eliminar os brotos que nascerem na base do caule, manejando os ramos num tutor e continuar amarrando os ramos na parreira para não caírem. Depois de a planta ficar grande, deve-se fazer poda após a frutificação e eliminar o excesso de ramos formados. Adubar com composto orgânico, pode ser 2 pás composto orgânico bem curtido + 20 gr de N-P-K 10-10-10 distribuídos em sulcos a 30 cm do caule, nos meses de setembro a novembro. Manter cobertura morta por volta do pé para manter a umidade.

 

Usos: Frutifica nos meses de novembro a março. Os frutos são pequeninos mais muito saborosos para o consumo in natura. Também podem ser usados para fabricar sucos e geleias deliciosas. A planta pode ser cultivada como ornamental e precisa ser protegida, pois corre o risco de extinção na natureza. Pelas minhas observações, é com certeza a fruta predileta e que atrai as diversas espécies de Saíras existentes na natureza.

 

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