RAUVOLFIA GRANDIFLORA

 

FAMILIA DAS APOCINACEAE

 

 

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FOLHAS E FRUTOS

(foto: Rita Brito Lopes)

FRUTOS MADUROS E SEMENTES

(foto: Helton Josué

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: MUIRÁPININGA é o nome indígena de origem tupi e significa “Madeira com casca pintada de branco”. Também recebe o nome de Limãozinho do mato, Grão de Pode e Pau de cachimbo.

 

Origem: Originaria da floresta atlântica litorânea e da Caatinga nordestina (sempre na proximidade de rios ou nascentes), aparecendo em baixa frequência nos estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro, Brasil. Mais informações no link:

http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Rauvolfia_grandiflora

 

Características: Arvore de pequeno porte na caatinga, atingindo 3 a 5 m de atura; chegando a médio porte na mata atlântica onde atinge 5 a 12 metros de altura com copa em forma de taça e estreita. O tronco é bifurcado ou trifurcado (com 2 a 3 ou mais caules) com casca acinzentada e áspera, com diâmetro de 15 a 35 cm. Os ramos novos têm forma de V tem lenticelas (glândulas) dispersas de coloração esbranquiçada, dando a aparência de algo chamuscado ou cheio de pintinhas. As folhas são verticiladas (4 por nós) opostas, simples, glabras (sem pelos) em ambas as faces, de textura cartácea (como cartolina), com forma oblonga (mais longa que larga) e ovada (forma de ovo), medindo 08 a 16 cm de comprimento por 2,5 a 5 cm de largura, com base cuneada (como cunha) e ápice acuminado (com ponta que se afina); fixada sob pecíolo de 1,5 a 3,5 cm de comprimento. As flores são hermafroditas e nascem em inflorescências multifloras terminais (nasce na junção da folha e ramos) sob pedúnculo ou haste de 2 a 4 cm de comprimento, com 5 a 16 de flores afuniladas, com cálice esverdeado e corola (invólucro interno) branca. Os frutos são duplas (com uma semente), com forma desigual e por vezes trapezóide (forma de trapézio), medindo 2 a 3 cm de comprimento por 2 a 3 cm de largura, lisas e glabras (sem pelos) com casca fina de cor amarela quando madura e polpa agridoce envolvendo 1 semente achatada no centro.  

 

Dicas para cultivo: É planta extremamente adaptável podendo ser cultivada em climas com temperaturas anuais entre 12 a 40 graus, resistindo bem a geadas de até menos 1 graus negativos (depois de estabelecida com 2 anos de idade), frutificando bem em altitudes desde o nível do mar até 1.000 na Mata atlântica. Em seu lugar de origem as chuvas vão de 800 a 2.500 milímetros anuais. Aprecia solos arenosos, férteis, profundos e ricos em matéria orgânica e que tenham rápida drenagem da água das chuvas e pH em torno de 4,5 a 5,8. Pode ser cultivada tanto em pleno sol ou na sombra. Começa a frutificar com 3 a 4 anos do clima e tratos culturais.

 

Mudas: As sementes são achatadas e com ranhuras, tem coloração creme, de habito ortodoxo (com tegumento ou casca dura e dormente). Após despolpadas e lavadas em água corrente e secas ao sol por 4 horas, podem ser armazenadas por até 8 meses. A melhor época de semear é de setembro a outubro. Convém semear 2 sementes diretamente em sacos individuais contendo substrato feito de 50% de terra, 10% de areia branca de rio e 40% de matéria orgânica feito galhos e folgas triturados. A germinação se dá em 60 a 100 dias, e as mudas atingem 30 cm com 8 a 9 meses após a germinação.

 

Plantando: Recomendo que seja plantada a pleno sol num espaçamento 6 x 6 m ou 4 x 4 m se for plantada na sombra no meio de outras arvores. As  covas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e convém misturar 4 a 5 pás de matéria orgânica aos 25 cm de terra da superfície da cova; adicionando + 50 gramas de osso e 50 gramas de torta de mamona, para saber como fazer um bom plantio, clique aqui. Deixar curtir por 2 meses, e depois já se pode plantar na melhor época que vai de setembro a novembro. Após o plantio, irrigar 10 l de água após o plantio e a cada 15 dias se não chover; e a partir do segundo ano não precisa se preocupar com irrigação.

 

Cultivando: A planta cresce rápido e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se cobrir a superfície com capim seco para manter o solo fresco e úmido e eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta. Adubar com 3 a 5 pás de composto orgânico feito galhos e folgas triturados + 50 de farinha de chifre e casco de boi. Distribuir os nutrientes superficialmente a 20 cm do caule no inicio do mês de setembro.

 

Usos: Frutifica nos meses de Março a maio e em dezembro. Os frutos podem ser consumidos in natura mais tem gosto cítrico com um fundo amargo. Depois de espremidos sobre uma peneira a polpa pode ser usada para fazer sucos e sorvetes. A casca da arvore tem propriedades medicinais comprovadas. A árvore não pode faltar em projetos de revegetação permanente pois seus frutos alimentam a fauna em geral.

 
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