HYMENAEA ALTISSIMA

 

FAMILIA DAS FABACEAE

 

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FRUTOS COLHIDOS EM 2023

FOLHA DE BROTO NA BASE DO TRONCO

TRONCO

Frutos e sementes

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: JATOBÁ-Í vem do Tupi Guarani e significa: “Fruto de casca dura” e o adjetivo Í quer dizer fruto miúdo. Também é chamado de Jatobazinho da mata atlântica e Jatobá alto.

 

ORIGEM: Essa é uma espécie endêmica do Brasil e só ocorre na floresta ombrófila densa e de transição para a semedecidual (descoberta e informação pessoal) nos estados do Espirito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Hymenaea_altissima

 

OBSERVAÇÕES: Encontramos essa rara espécie em nossas expedições pela floresta semidecidual em transição para a floresta ombrófila na bacia do rio Paranapanema no município de Itapetininga SP em 2018 e foi graças a uma chuva que nos pegou de surpresa e molhou os frutos tornando-os brilhantes e assim conseguimos enxercar os frutos na chão da floresta. Mais informações sobre a expedição clique aqui. Em 2018 foi a primeira produção e encontramos poucos frutos, depois disso não sai de casa por quase 4 anos por causa da pandemia e só agora em 2.023 pude voltar ao local e fui presenteado por uma ótima produção de frutas muitidssimo saborosas e pudemos fazer muitas mudas! – TEMOS MUDAS DISPONIVEIS DESSA RARIDADE!

 

CARACTERISTICAS: Quando cultivado cresce de 6 a 12 m de altura com diâmetro do tronco de 20 a 35 cm na DAP (altura do peito). A copa é cilíndrica e um pouco aberta na extremidade. No meio da mata fechada pode chegar a 30 metros de altura com tronco reto de 15 a 20 metros. O tronco é reto, cilíndrico, com casca sulcada de coloração acinzentada. As folhas são bifoliadas (com 1 par de folíolos), com, folíolos foiciformes (forma de foice), cartáceos (com textura de cartolina), sob pecíolos (haste ou suporte) de 1 a 1,5 cm de comprimento. A lamina foliar mede 4 a 7,5 cm de comprimento por 2 a 2,5 cm de largura, tem base com um lado maior arredondado e lado menor agudo e estreito. Essa espécie é facilmente identificada e diferenciada de outras espécies de jatobás por se observarf folhas e flores menores e frutos também menores com uma cintura no meio e casca glandulosa. As flores são hermafroditas, surgem em panículas (cacho composto) ou em racemo (cacho com forma indefinida) terminal, com uma media de 2 a 6 flores de 1,2 a 1,6 cm de diâmetro. A base do botão e sépalas são de cor avermelhada. O fruto é um tipo de vagem indeiscente (que não se abre) com 5 a 12 cm de comprimento, com casca marrom escura e glandulosa na superfície, cinturado no meio com 2 a 4 sementes envolvidas por polpa farinácea e cremosa que solta fácil da semente que mede 2 a 2,5 cm de comprimento por 1 a 1,4 cm de largura.  

 

Dicas para cultivo: E uma arvore rara na natureza, ocorre em terras arenosas ou argilosas em locais de altitude superior a 600 m, suportando muito bem períodos de 3 a 5 meses sem chuva. Tem crescimento mais lento em comparação com outras espécies de jatobás. Pode ser cultivada desde o nível do mar até 1.500 m de altitude. No que se refere a chuvas aprecia índices variando de 1.200 a 2.000 mm anualmente. Com respeito ao tipo de solo, aprecia os terrenos bem drenados, profundos, ricos em matéria orgânica, arenosos, latossolos vermelhos ou argilosos, onde o pH é muito variável, de 4,5 a 7,0 dependendo do ambiente. A árvore é muito resistente a temperaturas baixas suportando até 3 graus negativos. A árvore começa a frutificar com 8 a 10 anos após o plantio.

 

Mudas: sementes são oblongas (mais longas que largas) e achatadas na lateral, com tegumento ou casca dura e por isso é dormente nas condições ambientais, podendo ser armazenada quando seca e limpa por até 2 anos. O melhor método para germinar as sementes é semear sementes frescas tão logo que sejam despolpadas. Convém colocar uma semente por embalagem com dimensões de 7 cm de diâmetro e 22 cm de altura, preenchidos com substrato composto de 20%¨de areia de rio, 40% de composto orgânico (folhas e galhos triturados, veja mais clicando aqui) bem curtido e 40% de terra vermelha. A germinação ocorre em 35 a 60 dias; as plântulas recém germinadas devem ficar em ambiente protegido com 50% de sombra e ser irrigadas somente para manter a terra umedecida. O crescimento das mudas é moderado, atingindo 40 cm de altura com 7 a 10 meses após a germinação. Quando as mudas atingirem 30 cm é bom colocá-las em pleno sol para o caule ficar mais forte e as mudas mais resistentes.

 

Plantando: Pode ser plantada num espaçamento de 6 x 6 na região sudeste e sul ou 10 x 10 m nas regiões centro-oeste, norte e nordeste. As covas devem ser preparadas com 60 dias antes do plantio e ser abertas com 50 cm nas três dimensões e ser misturados aos 30 cm da terra de superfície 8 kg de matéria orgânica bem curtida, 50 gramas de cinza ou torta de mamona e 50 g de farinha de osso. A melhor época de plantio é de outubro a dezembro. A irrigação deve ser feita após o plantio da muda e uma vez por semana molhar com 10 l de água se não chover seguindo esse procedimento nos primeiros 3 meses após o plantio.

 

Cultivando: É indispensável a capina para que o mato não sufoque a planta, nesse estagio também é importante colocar capim ou folhas secas na coroa da planta para manter a umidade e manter a temperatura do solo mais baixa para o bom desenvolvimento das raízes. A poda de formação segue 2 critérios; se o objetivo  é produção de madeira todos os ramos laterais devem ser podados até que cresça na altura de 2 ou 3 m, para que produza um fuste (tronco) reto; e se o objetivo é a colheita de frutos convém podar o broto terminal e selecionar 3 ou 4 ramos para que cresçam e formem uma copa mais baixa. A adubação pode ser feita anualmente com 4 pás de composto orgânico bem curtido e 50 gramas de farinha de chifre ou de osso até o oitavo ano de idade, a partir do nono ano, coloca-se o dobro na hora da adubação. Os adubos são distribuídos em círculos iniciando o a primeira adubação a 10 cm do tronco, e a partir do sexto ano, colocar a adubação a partir de 30 cm de distancia do tronco. 

 

Usos: Frutifica nos meses de setembro a dezembro. Os frutos contém uma polpa farinácea e cremosa de muito agradável sabor, lembrando gosto paçoquinha ou pé de moleque porém não tão doce quanto estes, com doçura natural. A polpa dos frutos frescos pode ser consumida in natura ou batida com leite e com café tornando um delicioso capuchino de jatobaí! A polpa e a casca é um forte remédio para afecções pulmonares ou para curar a anemia. Além disso, a farinha feita da polpa tirada dos caroços pode ser usada na fabricação caseira ou industrial de bolos, tortas, pães, bolachas, bolinhos fritos, sequilhos, mingaus, licores, doces com chocolate ou coco, geleias, mousses e sorvetes. A farinha de Jatobá é tão nutritiva como o fubá de milho. A arvore também pode ser cultivada como ornamental em praças, parques ou na entrada de fazendas. Também não deve faltar em projetos de reflorestamento pois seus frutos alimentam diversas espécies de animais. E ESSA ESPÉCIE NÃO PODE FALTAR NUMA COLEÇÃO DE FRUTAS RARAS, PÓIS ESTE É O MELHOR FRUTO DENTRE AS ESPÉCIES DE JATOBÁ!

 

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