GONOLOBUS ROSTRATUS FAMILIA DAS APOCINACEAE (antigamente Asclepiadáceas)

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FRUTO MADURO	FLOR
FRUTO VERDE no ponto de cozinhar	Fruto aberto seco e sementes

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: MIXIÚ vem do tupi guarani mais o significado ou etimologia ainda não foi descoberta. Também é chamada de Cipó carambola ou cipó sapo, ou Fruta nave espacial.

Origem: Ocorre nas bordas das florestas semideciduais e nas bordas de matas ciliares do rio Guarí em solos argilosos no município de Angatuba SP onde encontramos a espécie e a re-coletamos em nossas expedições em 2.010 depois de + de 70 anos da primeira coleta feita por Malme em 1.936. Pode aparecer em outras partes do Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Gonolobus_rostratus

Características: É liana ou trepadeira volúvel (que cresce e se enrola sem direção), perene com caule densamente pubescente (coberto de pelos) e densamente lactescente (exsuda leite branco) quando ferido. As folhas também são pubescentes, são opostas, papiráceas (como papel) e ficam amareladas antes de caírem no inverno. A lamina é oval e lanceolada (forma de ovo com ponta semelhante a lança), medindo 5,5 a 10,5 cm de comprimento por 4 a 7,5 cm de largura, com base cordiforme (igual coração) e ápice acuminado com ponta longa. As flores surgem em grupos com 4 a 6 flores sub pedicelos (haste ou suporte) de 0,8 a 3,5 cm de comprimento, com flores esverdeadas pubescentes (cobertas de pelos) com 5 pétalas verdes com bordas esbranquiçadas de 1,2 a 2,3 cm de comprimento. Os frutos são do tipo folículos (folhas infladas e coladas) aladas (com tecidos alados), medindo 7 a 13 cm de comprimento.  

Dicas para cultivo: É trepadeira de crescimento rápido que resiste a baixas temperaturas (até - 3 graus), vegeta bem desde o nível do mar até altitudes superiores a 1.000 m. O solo deve ser profundo, úmido, neutro, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho). É preciso plantas no mínimo 2 plantas para uma melhor produção, visto que a planta requer polinização cruzada. Mudas feitas por estaquia começa a produzir com 2 anos e mudas feitas por sementes iniciam a frutificação com 3 a 4 anos.

Mudas: As sementes são pequenas e precisam ser retiradas das plumas esvoaçantes para ser semeadas. Podem ser plantadas em saquinhos individuais com diâmetro mínimo de 10 cm e altura de 22 cm, que devem ser preenchidos com substrato composto de 40% de terra vermelha de superfície, 20% de areia de rio e 40% de composto feito de galhos e folhas trituradas, bem curtido. As sementes germinam em 20 a 40 dias e tanto na faze de plantio como na face de crescimento, os saquinhos com sementes ou mudas devem ficar em pleno sol e receber irrigação suave uma vez por dia. O crescimento das mudas é rápido atingindo 40 cm em 5 a 6 meses.

Plantando: Plantar no mínimo 2 plantas para que haja polinização cruzada e boa frutificação. O espaçamento mínimo entre plantas é de 3 x 3 m, onde deve ser abertas covas de 50 cm de profundidade, 40 cm de comprimento e 40 cm de largura. Os 30 cm da terra de superfície deve ser reservados e adiciona-se 4 a 5 pás de composto feito de galhos e folhas trituradas + farinha de osso + 50 gramas de torta de mamona, misturando bem todos os componentes, deixando curtir por no mínimo 2 meses. Para saber como fazer um bom plantio, clique aqui. Nesse período uma parreira deve ser construída com o uso de 6 mourões ou poste de concreto que tenham 2,20 m de comprimento. Os mesmos serão fincados numa distancia de 2 m de largura entre filas e 2,5 m entre mourões. As covas para se fincar os mourões devem ter 60 cm de profundidade de moto que sobre 1,60 na altura, aonde na cabeça dos mourões deve ser amarrados e pregados arames que vão tutorar os galhos trepadores. Depois que os arames das bordas e centrais forem bem fixados, deve-se fazer uma malha passando arames nº 18 a 40 cm de distancia no sentido do comprimento e largura, dando uma volta ao cruzarem entre si. Depois de pronta a parreira, chegou a hora do plantio que deve ser feito em outubro a novembro, ocasião em que se deve fincar uma taquara que leve o cipó até a rede de arames. A medida que o cipó crescer esse deve ser amarado até que alcance os arames.

Cultivando: As plantas crescem rápido, devendo conduzir 2 ou no máximo 3 cipós até os arames, depois a própria planta vai ocupar toda a rede de arames. A poda de condução deve ser feita no primeiro ano de plantio, sempre eliminando os brotos ladrões que nascerem no caule principal ou aqueles que a partir dos arames estiverem crescendo para baixo em direção ao chão. Após 8 anos de plantio convém fazer uma poda drástica de todos os raminhos que estiverem enrolados na rede da parreira, deixando somente os ramos principais com diâmetro superior a 1,5 cm para que uma nova parreira seja formada. A adubação é feita com 3 a 4 pás de composto orgânico feito de galhos e folhas trituradas + 50 gramas de farinha de osso + 50 gramas de torta de mamona, nos meses de novembro e dezembro, distribuído-os a 30 cm do tronco.

Usos: Frutifica nos meses de maio a setembro. Em chácaras ou jardim a planta pode ser conduzida sobre estruturas semelhantes a quiosques com armação de arames visando uma bela cobertura natural visando produzir sombra. Também pode ser plantada em quintais de grandes cidades na beira de muros onde se pode fazer uma malha de arame para tutorar a planta dando um tom de verde a paisagem e produzindo nutritivas castanhas. Para utilizar os frutos, estes devem ser coletados de vez ainda verdes, devendo ser descascados e a pele interna ser retirada com as sementes; após limpa a carne deve ser fervida uma vez para sair o látex e depois pode ser cosida e usada da mesma forma que o chuchu.

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