EUGENIA TENUIPEDUNCULATA

 

ANTES: E. BREVISTYLA

 

FAMILIA DAS MYRTACEAE

 

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Nesta coluna estão as fotos da pitanga-cajú (eugenia tenuipedunculata) tipo.

Nesta coluna estão fotos de Cambucá-pitanga (Eugenia aff. tenuipedunculata)

FRUTOS POR AMADURECER ABAIXO E MADURO ACIMA da variedade roxa

FOLHAS SEMELHANTE AS DE CAMBUCÁ

FLORES

FOLHAS

FRUTOS VERDES e maduro lembrando caju da variedade laranja

FRUTOS  MADUROS da variedade cambucá-pitanga

FRUTOS, POLPA E SEMENTES DA VARIEDADE ROXA

FRUTOS, POLPA E SEMENTES DA VARIEDADE cambucá=pitanga

 

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: Chamamos A ESPÉCIE DE FRUTOS VERMELHOS (E. aff. [Semelhante à] tenuipedunculata) de CAMBUCÁ-PITANGA porque a planta tem folhas muito semelhantes ao cambucá e frutos vermelhos que assemelham ao de pitanga. E A OUTRA ESPÉCIE DE FRUTOS OBLONGOS ROXOS ENEGRECIDOS (E. tenuipedunculata -tipo) de PITANGA-CAJÚ por causa da semelhança dos frutos com o fruto do caju em formação.

 

Origem: A espécie de frutas vermelhas é originaria da floresta semidecidua acima de 500 m de altitude e pode até ser uma nova espécie; e a espécie com frutos arroxeados é original da floresta ombrófila atlântica, onde aparece ocasionalmente. Habita os estados de São Paulo, até o Rio Grande do Sul, Brasil. Mais informações no link:

http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Eugenia_tenuipedunculata

 

ASSISTA AO VÍDEO PARA SABER MAIS E SE INSCREVA NO CANAL ACESSANDO O LINK:

Do CAMBUCÁ-PITANGA EM: https://www.youtube.com/watch?v=dolc6DHRRgU  DA PITANGA CAJÚ EM:  https://www.youtube.com/watch?v=lS6zLmF8pXE

 

OBSERVAÇÕES: O cambucá-pitanga é raro e foi descoberto em nossas expedições em resgate das frutas em meados de outubro de 2.014 nos remanescentes ou manchas restantes da floresta semidecidual no município de Angatuba SP, onde localizamos apenas 2 exemplares. Antes esta espécie era chamada de Calycorectes australis, depois passou para Eugenia neoaustralis, e agora é Eugenia brevistyla.

 

Características: Árvore de 4 a 6 metros (ou até 16 m quando na mata) com copa piramidal, compacta e de folhagem perene, o troco é  bifurcado tortuoso e cilíndrico, com casca fissurada que se solta em planas espessas no sentido longitudinal; tendo coloração acinzentada. As brotações e ramos novos tem tricomas (pelos em forma de T) acastanhados de 3 mm. As folhas são inteiras, obovadas (com forma de ovo invertido, com a parte mais larga voltada para o ápice) e lanceoladas, opostas e glabras (sem pelos). Tem textura cartácea (como cartolina), medindo 8 a 12 cm de comprimento por 2,7 a 4 cm de largura com 10 a 18 nervuras laterais de cada lado. O pecíolo mede 8 a 10 mm de comprimento, a base da lamina é cuneada (com forma de cunha) e o ápice é acuminado (com ponta longa). As flores são nascem nos ramos maduros em racemos (tipo da cacho) de 1 a 2 cm, com 2 a 6 flores. As flores são cíclicas (distribuídos em vários ciclos), diclamídeas (com dois envoltórios) e medem 1 cm de diâmetro; tendo cálice (invólucro externo da flor) cupulado (com forma de cúpula) com 4 sépalas livres de 7 mm de comprimento e corola (invólucro esterno) com 4 a 5 pétalas brancas. Os frutos são oblongos (mais longo que largo) e medem 1,5 a 2,2 cm quando maduros e tem coloração VERMELHA OU ROXA ESCURA, contendo 1 semente arredondada de 5 a 8 mm no centro.

 

Dicas para cultivo: Planta de crescimento moderado que aprecia qualquer tipo de solos com boa fertilidade natural e rápida drenagem da água das chuvas. Pode ser cultivada em todo o Brasil em qualquer altitude. É resistente a geadas leves de até -3 grau e resiste a secas de até 6 meses após a planta estar estabelecida. A planta frutifica abundantemente em pleno sol, mais não deve faltar água na época da florada e granagem dos frutos. Começa a frutificar com 4 a 5 anos a depender do clima e tratos culturais. Também pode ser cultivada na sombra onde frutifica bastante.

 

Mudas: As sementes são redondas, recalcitrantes (perdem o poder germinativo se forem secadas) e germinam em 40 a 60 dias se plantadas em substrato de 40% de terra vermelha, 40% de matéria orgânica feita de galhos e folhas triturados e 20% de areia branca de rio. Podem ser plantadas em jardineiras e quando atingirem 10 cm podem ser transplantadas para embalagens individuais. As mudas devem ser formadas na sombra e atingem 30 cm com 10 a 12 meses de vida.

 

Plantando: Recomendo que seja plantada a pleno sol num espaçamento 5 x 5 ou 6 x 6  m em covas abertas com no mínimo 2 meses antes do plantio, estas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e convém misturar 2 pás de areia de rio + 4 a 5 pás de matéria orgânica feita de galhos e folhas triturados aos 25 cm de terra da superfície da cova; misturando junto + 50 g de farinha de osso + 50 gramas de cinzas de madeira. A melhor época de plantio é outubro a novembro, convém irrigar 10 l de água após o plantio e 1 vez por semana se não chover; nos primeiros 6 meses após o plantio.

Para saber como fazer um bom plantio, clique aqui!

 

Cultivando: A planta cresce lentamente nos primeiros 2 anos (após isso cresce rápido) e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se cobrir a superfície com capim cortado e eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta. Deve-se fazer podas no fim do inverno para fazer a formação da planta eliminando ramos e brotos da base e todo o excesso de ramos que nascerem voltados para o interior da copa. Adubar com 3 pás de composto orgânico feito feita de galhos e folhas triturados + 50 gramas de farinha de chifre e casco de boi, ou farinha de osso e + 50 gramas de torta de mamona. Distribuir os nutrientes à 5 cm superficialmente a 20 cm do caule no inicio do mês de outubro.

 

Usos: Frutifica nos meses de outubro a dezembro e às vezes fevereiro. Os frutos são deliciosos para serem consumidos in natura ou aproveitados para fazer sucos, doces, rechear bolos e sorvetes. A árvore é ornamental e ótima para arborização urbana e as flores são melíferas. Essa espécie não pode faltar numa bela coleção de frutas silvestres brasileiras.

 

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