EUGENIA PANTAGENSIS
FAMÍLIA DAS MYRTACEAE |
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FRUTO MADURO E DETALHE DAS FOLHAS |
FLORES |
PLANTA CULTIVADA |
TRONCO DA PLANTA NATIVA |
FRUTOS AMADURESCENDO |
FRUTOS, POLPA E SEMENTES |
NOME INDIGENA: PITANGA-LISA-VERMELHA-DO-ZÉ-BRANCO Nome este que vem por causa da semelhança com a conhecida pitanga (CUJO NOME vem do tupi guarani e significa “fruta de pele fina”) e o nome Zé Branco é em homenagem ao proprietário do terreno que tem uma mata bem preservada em sua propriedade e preserva muitas frutíferas!
Origem: Endêmica do bioma da floresta semidecidual, onde ocorre somente no sub-bosque sombreado. Aparece somente nos estados da Bahia, Espirito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Eugenia_pantagensis
OBSERVAÇÕES: Essa espécie foi descoberta em 2021 em nossas expedições em 2021 na floresta semidecidual paludosa da mata ciliar do Rio Guarei no município de Angatuba – SP. É uma espécie rara com poucas coletas botânicas na natureza e com risco de extinção. É um prazer apresentar aqui imagens inéditas da planta na natureza e da planta cultivada em nosso pomar coleção. Planta que começou a dar fruto com 3 anos após plantio da muda.
Características: Arvoreta de tronco único ou bifurcado na mata e quando cultivado é mais ramificado desde a base que cresce de 2 a 6 metros de altura, formando copa com cilíndrica e aberta. O trono é cilíndrico, medindo de 5 a 20 cm de diâmetro, com coloração castanha, acinzentada e casca desprende-se em placas papiráceas (como papel). As folhas são simples, opostas, cartáceas (textura de cartolina) e semi-perenes (perdendo 50% das folhas no fim do inverno). A lamina foliar é verde brilhante em cima e de cor verde por baixo, medindo de 2,2 a 3,8 cm de comprimento por 1,5 a 2,3 cm de largura, apresentando forma ovada, com base cuneada (forma de cunha) e ápice é atenuado (que se estreita gradativamente). Essa espécie pode ser facilmente identificada por se notar o centro da folha mais largo do que a base e o ápice. As flores são brancas, medem 8 a 1,2 cm de diâmetro quando abertas e nascem em feixes ou grupos com 4 a 12 flores sob pedúnculos verdes claros de 2,6 a 4,2 cm de comprimento. O fruto é uma baga esférica (arredondada), lisa, medindo de 1,5 a 2,5 cm de altura por 1,8 a 2 cm de largura, com pele fina e vermelha quando bem madura com polpa gelatinosa abrigando 1 ou 2 sementes pequenas de 4 a 7 mm de diâmetro.
Dicas para cultivo: plantar preferencialmente em local sombreado ou pleno sol em vasos grandes. Pode ser cultivada em solos arenosos, argilosos, latossolos vermelhos ou amarelos, profundos com boa drenagem e fertilidade e com pH entre 5,1 a 6,8. Resiste bem a ventos fortes, a geadas anuais de até 3 graus negativos e a secas de 5 a 7 meses sem chuva. Pode ser cultivada ao nível do mar até 1200 m de altitude e com temperaturas anuais médias entre 08 a 40 graus.
Mudas: apresenta crescimento rápido, atingindo 80 cm com 2 anos e a frutificação se inicia com 3 a 4 anos após o plantio. A multiplicação é feita por sementes frescas e limpas que deve ser plantadas diretamente em saquinhos individuais contendo substrato feito de 30% de areia, 30% de terra vermelha e 40% de matéria orgânica bem curtida. As sementes têm 90% de poder germinativo e começam a nascer entre 25 a 60 dias e as mudas atingem 35 cm com 12 a 15 meses de idade. Pode ser plantada no local definitivo num espaçamento de 4 ou 5 m entre plantas a depender do tipo de solo.
Plantando: Pode ser plantada a pleno sol ou na sombra como ocorre em estado natural com essa espécie. Plantar em covas quadradas com 50 cm nas 3 dimensões, adicionando 50 gramas de farinha de osso, 100 gramas de cinzas e 5 a 8 pás de matéria orgânica bem curtida. A melhor época de plantio é de setembro a outubro. Após plantada, irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada. Para cultivar em vasos use os de barro como medida de 50 cm de altura e 40 cm de diâmetro. Coloque no fundo do vaso uma camada de 5 cm de pedra para drenar bem a água e utilize substrato feito de 50% de terra vermelha, 20% de areia e 30% de composto orgânico bem curtido.
Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco. Adubar com composto orgânico, pode ser 1 a 3 pás de cama de composto orgânico bem curtida + 40 gr de farinha de osso e 100 gramas de cinza de madeira ou torta de mamona. Depois use a mesma quantia ano após ano. É uma planta muito resistente a seca, a pragas e doenças.
Usos: Frutifica nos meses de novembro a janeiro. A planta pode ser cultivada em projetos paisagísticos como ornamental e não pode faltar na recuperação de áreas degradadas, pois seus frutos alimentam a ave-fauna. As flores surgem em grande quantidade no inicio da primavera, são aromáticas e tem grande potencial melífero. Os frutos podem ser colhidos manualmente quando estiverem totalmente vermelhos. Pode ser consumida in natura e tem gosto que lembra uma mistura de Pitanga com framboesas. Os frutos podem ser beneficiados manualmente esfregando-os sobre uma peneira fina e a polpa pode ser utilizada imediatamente para fazer sucos, sorvetes, geleias, ou ainda pode ser congelada para uso futuro. Essa rara espécie não pode faltar num pomar de frutas raras tanto por seu sabor como por ter qualidade de atrair várias espécies de pássaros.
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