DUGUETIA FUFURACEA 

 

FAMILIA DAS ANNONACEAE

 

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FRUTAS

FLORES

PLANTA

FRUTOS, POLPA E SEMENTES

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: PINDAUVARANA vem do tupi-guarani e significa “arvore dos caniços ou varas” em essa espécie forma moitas grandes com diversas brotações a partir da base E o adjetivo RANA quer dizer semelhante a Pindauva. Também é chamada de Ata brava, Pinha de Guará, Tem-dor-de-rim-quem-quer e Pindauva de moita. 

 

Origem: é nativa de todo o Brasil, ocorre principalmente o Cerrado e Campos, aparecendo também nas bordas de matas de terrenos autos do Pantanal e no Chaco do Paraguai e Bolívia. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Duguetia_furfuracea

 

Características: é um arbusto que mede até 1,5 metros de altura, com muitos galhos que brotam desde a base e esparramam pelo chão. As folhas são simples verde-amareladas quando jovens, com densa pilosdidade (coberta de pelos longos), tornando-se verdes amareladas quando adultas, com nervura central com cor de ferrugem, estas medem de 3 cm a 4 cm de largura por 5 cm a 12 cm de comprimento com base cuneada (em forma de cunha) e ápice ou ponta arredonda. A lamina foliar tem textura cartácea (como papel cartolina). Tem uma fácil característica de identificação, que é a presença de verrugas amareladas ou galhas nas folhas. As flores são hermafroditas e axilares (nascem na junção duma folha com o galho), são hemiciclicas, ou seja, os segmentos ou pétalas se prendem num mesmo nó ou estão distribuídas em espiral. O cálice (invólucro externo) é solto com 3 sépalas livres, tomentosas (coberta de lanugem) e a corola (invólucro interno) tem 6 pétalas carnosas, oblongas (mais longa que larga) e avermelhadas.

 

Dicas para cultivo: planta subtropical, muito resiste secas e a geadas de até – 3 grau, pode ser cultivada em todo o Brasil, em qualquer altitude; adapta-se a solos vermelhos de drenagem rápida ou arenosos com baixo teor de matéria orgânica. Tem crescimento lento e começa a frutificar com 3 a 5 anos após o plantio, dependendo do clima e tratos culturais.

 

Mudas: Sementes são dormentes se forem secas, quando plantada logo, germinam progressivamente em 40 a 200 dias. As mudas crescem lentamente nos primeiros 6 meses após a germinação e preferem ambiente sombreado para formação. Visto que a planta não tolera transplante, recomendo semear diretamente em saquinhos com substrato feiro de 40% de terra vermelha, 30% de areia de rio e 30% de matéria orgânica bem curtida. A muda atinge 15 cm com 15 meses de idade e deve ser colocada em pleno sol.

 

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol num espaçamento 3 x 3 m em covas que devem ter 50 cm de largura, profundidade e altura. Deve-se misturar com os 25 cm de solo fértil iniciais, uma pá de areia saibro + 4 pás de matéria orgânica feito de galhos e folhas trituradas + 50 g de farinha de osso e 50 gramas de cinza de madeira. Deixar curtir por 2 meses e fazer o plantio entre outubro a dezembro. Para saber como fazer um bom plantio clique aqui. Depois é só irrigar 10 l de água após o plantio e uma vez por mês se não chover. Para plantar no vaso (de 50 cm de altura por 40 cm de largura) deve ser usado terra vermelha e a mesma mistura indicada acima, tomando o cuidado apenas de colocar uns 4 cm de pedra no fundo do vaso para ocorrer uma drenagem rápida.

 

Cultivando: A planta cresce lentamente e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se fazer capinas periódicas para que o mato não sufoque a planta. Fazer podas de formação e eliminar os ramos que nascerem cruzados para dentro da touceira. Adubar com composto orgânico feito de galhos e folhas trituradas + 50 g de farinha de osso e 50 gramas de cinza de madeira, distribuídos em círculos à 5 cm de profundidade e distanciados 10 cm do caule.

 

Usos: Frutifica nos meses de agosto a novembro. os frutos tem arilo alaranjado com gosto de bolo de cenoura é de sabor delicado e ótimo para o consumidos in natura. A planta pode ser cultivada na arborização urbana, em canteiros centrais de jardins ou avenidas, não podendo faltar na recomposição da vegetação nativa, pois seus frutos alimentam diversos animais como o lobo guará, o furão, o maracambé, o cachorro vinagre dentre outros. Os frutos tem polpa doce e de sabor forte e a polpa solta fácil da semente, por isso é ideal para o consumo in natura. Os frutos também podem ser despolpados e a polpa congelada para uso futuro  para fabricação de mousses, sorvetes, bolachas, e biscoitos. Os frutos dessa espécie tem casca grossa e resistente ao manejo, podendo durar até 15 dias na sombra ao ar livre, característica ideal para a comercialização dos frutos por pequenos agricultores familiares.

 

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