CAMPOMANESIA sp. Nova (descoberta por Helton)
FAMÍLIA DAS MYRTACEAE |
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PLANTA |
DETALHE DAS FOLHAS |
FRUTOS |
FRUTOS, POLPA E SEMENTES |
NOME INDIGENA: GUABIROBA DE FOLHAS AZULADAS E DORSO FERRUGINEO.
TRATA-SE DE UMA NOVA ESPÉCIES. O nome guabiroba vem tupi guarani e significa
“fruto da casca amarga” característica bem notória para qualquer pessoa que
mastigar a casca desse fruto. Também é conhecida como guabiroba do cerrado ou
guabiroba de moita.
Origem: Ocorrem nos campos e cerrados e só foi vista em um único remanescente do cerrado no município de Itapetininga, estado de São Paulo, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Campomanesia
OBERVAÇÕES: Frutífera muito rara encontrada nas expedições de Helton Josué Teodoro Muniz no inverno de 2.019. Na época foi uma descoberta muito empolgante encontrar uma guabiroba de folhas azuladas e com o dorso ferrugíneo. Em final de 2.019 voltei ao local e encontrei a planta com muitos frutos conforme se pode ver no vídeo disponível em nosso canal no Yotube no link: https://www.youtube.com/watch?v=yo2Q69LevE4
Características: Planta arbustiva de ramos prostrados, crescendo de 50 centímetros a 1,4 centímetros de altura. O caule é tortuoso com caca acinzentada com fissuras bem superficiais. As folhas são simples, opostas, oblongas (mais longa que larga) e discolores (com duas cores) sendo a face adaxial (superior) de cor verde musgo no inicio ficando verde azulado quando mais velha) e a face abaxial (inferior ou o dorso da folha) de cor verde opaca no inicio com nervuras rufo-ferruginosas (com pelos densos) a medida que envelhece. A lamina mede 4 a 6,5 cm de comprimento por 1,5 a 2,5 cm de largura com base cuneada (forma de cunha) e ápice obtuso ou arredondado. As flores nascem solitárias nas axilas das folhas ao longo dos ramos. Os frutos são bagas arredondadas com casca firme de 1,8 a 3 cm de diâmetro e com polpa de cor amarelada e gelatinosa envolvendo no máximo 3 sementes pequenas.
Dicas para cultivo: São arbustos de crescimento lento, porem são resistes a geadas inferiores a -3 grau, vegeta bem em qualquer altitude. O solo pode ser profundo, de drenagem rápida, acido com pH entre 4,0 a 6,5, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho) e até pedregoso. São muito resistentes a secas longas e começam a frutificar com 2 anos após o plantio. Podem ser cultivadas em vasos de 50 cm de altura e no mínimo 30 cm de largura usando substrato de terra vermelha (50%), areia (30%) e matéria orgânica (20%).
Mudas: As sementes são de coloração creme, arredondadas e recalcitrantes (perdem o poder germinativo rapidamente), por isso deve ser plantadas logo após a remoção da polpa. É bom semear diretamente 2 sementes por embalagem individual contendo substrato de 50% de terra vermelha, 30% de areia branca de rio e 20% de matéria orgânica bem curtida. A germinação se dá em 25 a 45 dias e as mudas crescem lentamente, atingindo 20 cm com 12 meses após o plantio. É bom formar as mudas em pleno sol.
Plantando: Deve ser plantada em pleno sol, em lugares livres de encharcamento na época de chuvas. O espaçamento médio indicado é de 3 x 3 m ou de 2 x 2 m para terrenos virgens e arenosos dos cerrados. As covas devem ter 50 cm de altura, largura e profundidade e ser preenchidas com 500 gramas de cinzas e 4 pás de matéria orgânica (a maior parte de capim ou folhas apodrecidas) e 20 g de N-P-K 10-10-10. Se o solo não for arenoso, acrescente 3 a 4 pás de areia branca de rio. Depois de prontas devem ficar curtindo por 2 meses antes do plantio definitivo que deve ser feito a partir de novembro. Irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada.
Cultivando: planta cresce lentamente e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se cobrir a superfície com maravalha de madeira e eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta. Adubar com composto orgânico feito de folhas apodrecidas + 1 pá de esterco bem curtido e 20 g de N-P-K 10-10-10. Distribuir os nutrientes à 5 cm superficialmente a 20 cm do caule de preferência no mês de outubro quando a planta inicia nova brotação.
Usos: Frutifica de novembro a dezembro. Os frutos são consumidos in natura, e tem um sabor diferente das demais espécies de guabirobas. A polpa pode ser usada para fazer geleias, sorvetes e licores deliciosos. As flores são melíferas e os frutos atraem diversas espécies de pássaros e mamíferos do cerrado. Por ser planta rara deve ser cultivada com esmero e urgência para que essa nova e desconhecida espécie (apenas para a ciência) possa ser salva da extinção!
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