ANACARDIUM NANUM

 

FAMILIA DAS ANACARDINACEAE

 

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FRUTOS VERDES

PLANTA

FLORES

 

 NOME INDIGENA: ACAJU-PEVA, vem do tupi guarani e significa “Fruta do caroço que se come” e o adjetivo PEVA quer dizer ‘baixo ou rasteiro’. Também recebe o nome de Cajuzinho do campo, Caju nariz e Cajuí.

 

Origem: Ocorrem nos solos arenosos do cerrado de campo aberto, ocorrendo principalmente no Mato Grosso do Norte, Goiás, Minas Gerais e em São Paulo, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Anacardium_nanum

 

OBSERVAÇÕES: Essa espécie pode ser confundida com Anacardium humile que tem hábito arbustivo atingindo de 30 a 60 cm de altura e que produz fruto vermelho. A espécie Anacardium nanum também ocorre nos cerrados do estado de São Paulo e isto não está registrado no Flora Brasil e difere da espécie A. humile por ter hábito rasteiro atingindo 10 a 30 cm de altura e folhas mais estreitas e compridas. Encontrei essa espécie em novembro de 2.008 e fui fazendo o acompanhamento; mais só agora em novembro de 2.012 pude ter a sorte de encontrar frutos maduros para tentar salvar essa raridade da extinção. Em 2024 encontrei outra população em local mais protegido.

 

Características: É um arbusto com xilopodio (raiz grossa de até a0 a 30 cm de diâmetro por 20 a 60 cm de comprimento, que armazena água) com a parte aérea pouco desenvolvida. A planta tem ramos finos de coloração castanho metálico e atinge 20 ou 30 cm de altura. As folhas são elípticas (estreitas e com mesma largura do começo ao fim), alternadas, simples, coriaceas (consistência rija de couro), glabras (sem pelos) e se agrupam no ápice dos ramos, medindo 6 a 17 cm de comprimento por 1,5 a 2,5 de largura. As flores nascem em panículas (cacho composto de forma piramidal) terminais com 15 a 45 flores na proporção de 1 (flor masculina) para 4 (flor feminina). As flores individuais são esverdeadas por fora e internamente tem sépalas esbranquiçadas e pétalas rosadas. O fruto propriamente dito é um aquênio (fruto seco com uma única semente) de 1,2 a 2,2 cm de comprimento. O pseudofruto ou falso fruto que é na verdade o pedúnculo ou cabinho carnoso mede 3 a 6 cm de comprimento por 2 a 4 cm de diâmetro; de coloração amarela ou avermelhada, dependendo da constituição do solo.

 

Dicas para cultivo: A planta é muito rústica as condições de solo, apreciando solos arenosos (onde cresce menos e até 30 cm) e latossolos vermelhos (onde cresce + até 50 cm); permitindo assim uma rápida drenagem. Prefere temperatura que fique entre 15 e 27 graus, embora algumas plantas se adaptem a climas subtropicais e resistam à mínima de até 0 grau e a máxima de até 35 graus por períodos curtos. O solo deve ter o pH entre 4,5 a 6,5 e o plantio deve ser feito a pleno sol e em local protegido dos ventos.

 

Mudas: As sementes devem ser semeadas na posição vertical, com a ponta voltada para baixo. Semear 1 semente diretamente em saquinhos individuais, contendo substrato de 50% de terra vermelha, 20% de areia de rio e 30% de matéria orgânica feita de galhos e folhas triturados, clique aqui para saber como fazer. A germinação se dá em 20 a 30 dias e as mudas atingem 10 cm com 8 meses de idade. As mudas devem ser formadas em pleno sol e receber pouca irrigação, alternando dia sim, dia não.

 

Plantando: As covas devem ser abertas num espaçamento de 2 x 2 ou 3 x 3 m (para plantio comercial) e preparadas com 60 dias antes do plantio e ser abertas com 50 cm nas três dimensões e ser misturados aos 25 cm da terra de superfície 2 a 3 pás de matéria orgânica bem curtida, 50 gramas de cinza ou torta de mamona e 50 g de farinha de osso. A melhor época de plantio é de outubro a dezembro. A irrigação deve ser feita após o plantio da muda e uma vez por semana molhar com 10 l de água se não chover seguindo esse procedimento nos primeiros 4 meses após o plantio.

 

Cultivando:  A adubação de frutificação deve ser feita com 1 a 2 pás de composto feito de galhos e folhas trituradas, com 30 g farinha de osso + 30 gramas de cinza de madeira, dobrando essa quantidade a partir do quinto ano. Pelo baixo porte a planta não precisa ser podada, devendo apenas fazer capinas periódicas para o mato não sufocar a planta. Essa espécie é muito resistente a diversas pragas e doenças que atingem pomares comerciais de caju.

 

Usos: Frutifica de setembro a novembro. Os pseudofrutos são consumidos in natura e são muito saborosos. Também podem ser aproveitados para fazer sucos e doces e sorvetes. A castanha do Caju é consumida após retirada da casca. As flores são apícolas e a planta muito ornamental podendo ser cultivada em canteiros elevados. No estado de são Paulo e em outros locais a planta corre o perigo de desaparecer e por isso precisa ser cultivada.

  

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